(C.V. completo)
Abílio Febra
- Nasce em Maceira-Leiria em 1956. Frequentou o curso de escultura do Ar.Co. Foi professor efectivo do ensino secundário durante 20 anos, deixando o ensino a partir de 2001 para se dedicar por inteiro à escultura. Expõe colectivamente desde 1984, tendo participado em mais de 50 mostras de vários países da Europa, das quais se destaca o I Prémio de Debujo Artístico-Genaro Perez Villaamil, Ferrol-Corunha em 1987; Blue Feelings-Kulturforum Rhein, Alemanha, Polónia, Lituania, Holand em1996 e 1998; Dar vida à História- Pazo de Vilamarin – Ourense em 2002. Expõe individualmente desde 1989 em locais tão distintos como a Casa de Bocage em Setúbal, Galeria St. Justa em Lisboa, Gal. Quattro/Ass. Atlântida em Bruxelas, Helmond na Holanda, Cercle Municipal no Luxemburgo, entre outras.
Em 1989 recebeu a Menção Honrosa na Homenagem a Cristóvão Colombo, Funchal; Prémio na I Mostra de Escultura da Amadora (1989); Menção Honrosa, III Prémio Edinfor de escultura. Gal. Casino do Estoril (1997) e o 1º Prémio - AmbientArte - C.M.Leiria (2000).
Está representado no Museu de Setúbal, no Museu Mun. V. Franca de Xira, na Câmara Municipal da Amadora, no Hosp. do Montijo, na Área de serviço de Leiria - Shell- A1, nos Espaços Secil/CMP e nos Espaços públicos de Cantanhede e Leiria.
É referido em “As Esperanças Plásticas Portuguesas”, de Manuela Synek, Lisboa,1992 no “Annuaire de Art International”, Patrick Sermadiras, Paris , 14 ed. na “Arte nas auto-estradas” - Brisa, 2001.
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Alberto Cedrón - N
asceu em Buenos Aires, Argentina, em 1937. Realiza exposições individuais e colectivas desde 1959 em países tais como Argentina, Brasil, Chile, França, Itália, Portugal, entre outros. Tem realizado, desde os anos 60, trabalhos de ilustração, murais, painéis de azulejo, desenho de móveis , numa multiplicidade detécnicas, onde se incluem o desenho, a pintura, a gravura, a escultura, a cerâmica, entre outras. As suas obras foram adquiridas por Museus Nacionais e Estrangeiros e por coleccionadores privados em todos os países por onde expôs. Emílio Chagas escreveu sobre ele: “Em busca da sua identidade, do seu imaginário, realiza incontáveis óleos, acrilicos e desenhos onde grassam uma crítica social corrosiva e a
indignação de um artista que não se rende e resiste ao absurdo , ao patético e ao conformismo. Cedrón acredita que estamos a viver tempos de decadência e escuridão. Mas pensa que só a arte poderá salvar o mundo dessaperspectiva sombria pela qual hoje está a passar.
E avisa: Eu não me entrego.”
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Beatriz Cunha
- Nasce em Lisboa.
Frequenta o Curso de História da Universidade Nova de Lisboa em 1979/81. Em 1981/83 frequenta o Curso de Ourivesaria Contemporânea do Ar.Co. e cria o seu próprio Atelier de Joalharia contemporânea no Algarve onde trabalha até 1989. Em 1990 muda-se para Lisboa onde cria várias colecções de Jóias contemporâneas. Inícia trabalhos de escultura em metal usando as técnicas de fundição em areia e ourivesaria.

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Cláudia Lima
- Nasceu em 1956 no Rio de Janeiro. Aos sete anos, ingressa na Escola
de Arte Infantil do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Trabalha assiduamente no seu próprio atelier.
Estas peças transmitem a inquietação e a pesquisa interior que Cláudia Lima fez através da dinâmica e energia próprias que o contacto mão/matéria gera.
A temática do sensível e do corpo, colocam-nos perante o complexo mundo feminino, do sofrimento da gestação (de um corpo) e de sensibilidades que são modeladas por uma luz teatral.

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Cruzeiro Seixas
- Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio, em Lisboa.
Em 1948 adere ao surrealismo, colectivo do qual fará parte durante dois anos, participando em duas exposições colectivas e em várias intervenções radicais. Assina manifestos, folhas volantes e marca presença em conferências.
Cruzeiro Seixas é autor de pinturas onde um universo de forte raiz erótica se encontrava com o imaginário português num espaço lírico, pleno de referências mitológicas e simbólicas. Destacar-se-ia também na sua produção a montagem de objectos e colagens que alcançavam, pela sua agressividade, efeitos humorísticos.
A sua obra é objecto de uma retrospectiva na Galeria Buchholz, em Lisboa, e participa na Primeira Exposição Surrealista em São Paulo, no Brasil.
Nas décadas seguintes, fixa-se no Algarve mas mantém relações com jovens poetas e outros artistas e continua a apresentar os seus trabalhos em exposições individuais e colectivas.
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José Duarte Costa
- Nasceu em Rio Maior. Não tem qualquer formação académica, nem frequentou qualquer escola de artes.
Desde 1995 que tem exposto o seu trabalho artístico, quer a título individual quer colectivo, em Portugal e
também no estrangeiro. Foi-lhe atribuída a medalha de Ouro Internacional no 26º Salon Internacional des
Artistes, na Bélgica. No Concurso Nacional de Escultura do Exército Português, ficou representado com uma
peça para o Museu Militar.
Estuda e trabalha os troncos e as raízes das árvores, como a raíz de urze, transformando-as. A oliveira é a árvore que lhe proporciona mais estimulo, devido às suas linhas e aos contornos e sua beleza natural. O tratamento das peças é feito ainda na sua fase de esboço, através de uma mistura de cera diluida com parafina. O resultado é um misto de arte bruta e abstracta com uma componente figurativa.
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Manuel Seita
- Nasceu a 10 de Junho de 1970, em Vila Verde
de Ficalho. Expõe individualmente e colectivamente desde 1993 por todo o país, no campo das Artes Plásticas, Desenho, Cerâmica, Pintura e Escultura, na Galeria Municipal de Castro
Verde, no Museu Etnográfico de Serpa, na Galeria de Arte do Convento de Espírito Santo (Loulé), no Instituto Português da Juventude (Lisboa) e na Associação Nacional de Jovens Empresários (Porto), entre outras.
Realiza diversas actividades no campo das artes plásticas,
performance e instalação, onde reúne trabalhos de olaria, no sentido tradicional, com as novas tecnologias (imagens vídeo). No campo da intervenção urbana realiza murais de azulejos de grandes dimensões por todo o país. Tem recebido vários
prémios pelos seus projectos e obras, Menção Honrosa na I Mostra de Arte Jovem, Centro Cultural de Lagos, o 1º Prémio no Concurso “Projecto Fixe” em Messejana. Está represen-tado na colecção da Câmara Municipal de Castro Verde e na colecção da Voz do Operário. É formador na área da Cerâmica.
Título: Mocho Guerreiro Téc: Ruivina de borba Dim: 80 x 30 x 20cm
Abílio Febra _ Escultura
Título: Saltimbancos Téc: Bronze Dim: 37 x 41cm
Alberto Cédron _ Alto Relevo
Título: Morpheus Téc: Bronze Dim: 17 x 13 x 11cm
Beatriz Cunha _ Escultura
Título: Orion Téc: Bronze Dim: 12 x 7,5 x 7,5cm
Beatriz Cunha _ Escultura
Título: Pé esquerdo Téc: Bronze Dim: 32 x 10 x 17cm
Beatriz Cunha _ Escultura
Título: Quattuor Téc: Bronze Dim: 18 x 13 x 12cm
Beatriz Cunha _ Escultura
Título: Segredo Téc: Bronze Dim: 19 x 19 x 16cm
Beatriz Cunha _ Escultura
Meditação Téc: Objecto artístico Dim: 28 x 28 x 30cm
Cruzeiro Seixas _ Objecto Artístico
Enredos II Téc: Papel vegetal e pigm. de minério de ferro
Cláudia Lima _ Escultura
Enredos IV Téc: Papel vegetal, pigmentos e corda
Cláudia Lima _ Escultura
Enredos Téc: Corda e pigmentos Dim: 60 x 20 x 30cm
Cláudia Lima _ Escultura
Título: Figura curvada Téc: Porcelana Dim: 15 x 32 x 12cm
Manuel Seita _ Cerâmica
Título: Mãe e filho Téc: Grés Dim: 109 x 66 x 55cm
Manuel Seita _ Cerâmica
Título: Mousse Téc: Porcelana Dim: 34 x 25 x 28cm
Manuel Seita _ Cerâmica
Título: Anjo Téc: Barro Dim: 112 x 80 x 50cm
Manuel Seita _ Cerâmica
Sem título Téc: Raiz de oliveira Dim: 85 x 45 x 60cm
José Costa _ Escultura
Sem título Téc: Madeira
Chissano _ Escultura
João Cutileiro - Nasceu em Lisboa a 26 de Junho de 1937 , no seio de uma família da média burguesia, ilustrada com sentimentos anti-fascistas. João Cutileiro teve uma infância e adolescência felizes, onde as viagens eram uma constante, por causa da profissão de seu pai, médico pertencente à Organização Mundial de Saúde. Assim, em 1941, com apenas quatro anos de idade, João vai juntamente com a família para os Açores, onde seu pai, então médico militar, havia sido colocado. Vive dois anos na Ilha Terceira, da qual guarda muito boas recordações. O regresso ao continente dá-se em 1943. Em Lisboa a família Cutileiro vivia na Av. Elias Garcia, numa casa afamada por ser frequentada pela chamada "intelligentsia", ou seja, frequentada por boa parte das personalidades que desenhavam o panorama intelectual português da altura. Celestino da Costa, Estrela Faria, Vieira da Silva, Abel Manta, Avelino Cunhal, Lopes Graça, António Pedro, entre outros. É este mesmo António Pedro que, em 1946, convida Cutileiro para ir desenhar para o seu atelier. Durante esta experiência, que durou dois anos, o escultor aproveita para contactar com artistas, escultores e críticos interessados pelo Surrealismo. Entre 1949 e 1951, Cutileiro frequenta o estúdio de Jorge Barradas, onde modela, pinta e executa vidrado de cerâmica. Aborrecido dessa experiência, muda-se para o atelier de António Duarte, onde passa os dois anos seguintes como assistente voluntário de canteiro. É neste período que se dá a iniciação de Cutileiro à pedra pois o seu trabalho no atelier de António Duarte era o de ampliar os modelos do mestre canteiro (o mestre José), passá-los a gesso e traduzir esses gessos para o mármore. Com António Duarte, Cutileiro aprendeu ainda que jamais devia dividir a sua produção artística em, por um lado, peças académicas-oficiais (como fonte do seu rendimento) e, por outro lado, obras feitas para seu exclusivo prazer pessoal.
Aos catorze anos, em 1951, Cutileiro faz a sua primeira exposição individual, realizada em Reguengos de Monsaraz (Alto Alentejo), numa loja de máquinas de costura, apresentando peças de escultura, cerâmica, aguarelas e pinturas.
João Cutileiro fez o liceu no Colégio Valsassina onde, influenciado pelos amigos e pelo ambiente que respirava em sua casa, decide ingressar no MUD JUVENIL. A sua face política mostra-se novamente mais tarde, nos anos 60, quando Cutileiro passa pelo Partido Comunista: ele entra e rapidamente sai, porque a "célula" a que pertencia se desmanchou e os contactos se perderam.
Em 1951, quando ia a caminho de Kabul (Afeganistão), onde seu pai esteve a trabalhar durante um ano, João Cutileiro passa por Florença, onde toma contacto com a obra de Miguel Ângelo. Foi uma visão que não mais esqueceu e que lhe fez aumentar a certeza de que queria fixar-se na Escultura (certeza essa que teve aos seis anos de idade, quando esculpiu um presépio). Na volta de Kabul matricula-se, então, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (E.S.B.A.L.), sendo seu professor Leopoldo de Almeida.
A frequência de apenas dois anos na E.S.B.A.L., 1953-1954, foi suficiente para lhe provar o que há muito suspeitava: em Portugal qualquer pesquisa era travada e o bronze era o único material considerado "digno" para escultura. Não havia espaço para a criatividade e experimentalismo, que tanto caracterizam a sua personalidade artística. Sentindo-se constrangido pela mentalidade portuguesa, Cutileiro decide sair do país. É então levado pela mão de Paula Rego até à londrina Slade School of Art.
Durante o curso que fez em Londres, entre 1955-59, Cutileiro não só enriquece a sua formação, como desenvolve a sua experiência. De grande importância nesta fase foi Reg Butler, seu mestre de escultura. No ano em que acabou a Slade, Cutileiro recebeu três prémios: composição, figura e cabeça.
Em Londres, onde permaneceu grande parte do seu tempo, mesmo depois de estar formado, Cutileiro casa pela primeira vez, divorcia-se e casa segunda vez, sendo deste segundo casamento que nasceram o Tiago e o João, os seus dois filhos. Nessa altura Cutileiro viveu um período difícil, não só devido às circunstâncias económicas como também porque ganha consciência de que tem de cortar o cordão umbilical que o mantinha muito ligado ao seu grande mestre (Reg Butler). Da sua procura de um caminho próprio resultaram as suas primeiras figuras articuladas (1964).
Em 1966 Cutileiro começa a usar máquinas eléctricas de corte da pedra, o que lhe permitiu dedicar-se exclusivamente ao mármore. Começam então a surgir, sucessivamente, os torsos, as paisagens, as caixas, as árvores e as flores. Entre 1961 e 1971, Cutileiro expôs cinco vezes em Lisboa e uma no Porto.
O ano do regresso definitivo a Portugal foi o de 1970. O local escolhido para viver foi Lagos, no Algarve, onde permaneceu por mais quinze anos da sua vida. É no atelier de Lagos que Cutileiro se empenha na construção das suas primeiras figuras bífidas e da obra mais polémica de toda a sua vida: o "D.Sebastião", erguido na cidade de Lagos, na praça Gil Eanes.
João Cutileiro assume-se como membro da classe burguesa intelectual e tem consciência de que qualquer classe social tem um padrão de gosto que lhe é próprio. Assim, Cutileiro não espera que as pessoas de um grupo social diferente gostem das suas peças, aceitando com naturalidade a incompreensão e a crítica de que elas são alvo. Quando realizou o "D.Sebastião", Cutileiro recebeu críticas ferozes e elogios rasgados. Contudo os elogios davam-se apenas porque o escultor tinha posto fim ao academismo de escultura do Estado Novo, sem que se entendesse o renovar da tradição moderna e a singularidade da obra do escultor. Por provocação, Cutileiro declarou que tinha abandonado a criação artística para se tornar "um fazedor de objectos decorativos destinados à burguesia intelectual do ocidente". Com esta frase irónica, que Cutileiro compara ao "só sei que nada sei" de Sócrates, quis ridicularizar todos os que menosprezavam a sua escultura ou que se julgavam mais escultores do que ele. É que, segundo ele próprio, toda a arte tem uma função decorativa, logo, todos os escultores são manufactureiros de objectos decorativos, não se percebendo o porquê do espanto desses escultores.
Em 1971 o escultor conquistou uma menção honrosa no Prémio Soquil, em Lisboa. Em 1976 e 1977, as suas esculturas e mosaicos foram apresentados em Wuppertal, Alemanha. Seguiram-se exposições em Évora (1979, 1980 e 1981) e em Dortmund, Alemanha, em 1980. Este ano ficaria ainda marcado por uma exposição em Washington (E.U.A.) e outra na Sociedade Nacional de Belas Artes (Lisboa). No ano de 1981 Cutileiro participou no Simpósio da Escultura em Pedra (realizado em Évora) e numa exposição realizada na Jones Gallery, em Nova Iorque.
O sangue que corre nas veias de Cutileiro é todo Alentejano. Talvez por isso, em 1985, o escultor tenha decidido mudar-se para Évora. Nesta cidade, na sua própria casa, está exposta boa parte da obra multifacetada do escultor. O contacto diário com as coisas que produz permite-lhe uma análise sistemática do que vai fazendo, do caminho a seguir, daquilo que é preciso acrescentar ou do excesso a tirar, quando repete um tema.
Dos vários temas desenvolvidos pelo escultor, o dos corpos femininos é o mais marcante. "As Meninas de Cutileiro", como alguns lhes chamam ironicamente, têm valido ao escultor (além de muito dinheiro) momentos da mais distinta glória mas também do mais visível desprezo.
Em 1988 Cutileiro realiza exposições em Lisboa, Macau e Almansil. Em 1989 expõe novamente em Lisboa e Almansil e, em 1990, decide fazer uma retrospectiva da sua arte, através de uma exposição ontológica, realizada em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian. Desta exposição ficou-lhe a desilusão de só ver mostrada uma pequena parte da sua obra e a amarga compreensão de que jamais poderia realizar o sonho de reunir, de uma só vez, tudo aquilo que produziu ao longo do tempo.
Em 1992 e 1993 o mestre Cutileiro volta a realizar mais exposições individuais, em Bruxelas, Almansil, Luxemburgo, Évora, Lisboa, Guimarães e Lagos. Nos anos seguintes sucedem-se outras exposições.
Apesar do escultor ter conquistado um lugar invejável no panorama da escultura portuguesas e das suas obras serem hoje muito cobiçadas, depois do "D.Sebastião", muito poucos foram os monumentos de Cutileiro erguidos publicamente. É como se o conservadorismo estético privilegiado pelo Estado Novo ainda se mantivesse vivo na arte estatuária portuguesa.

Exposições
Exposições Individuais
1951 - Reguengos de Monsaraz e Évora
1961 - Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
1966 - Galeria Interior, Lisboa
1968 - Galeria Interior, Lisboa
1970 - Galeria 111, Lisboa
1972 - Galeria 111, Lisboa
1976 - Skulpturen - Mosaike, Unikat - Galerie, Wuppertal
1977 - Skulpturen und Mosaike, Unikat - Galerie, Wuppertal
1979 - Esculturas e Mosaicos, Museu de Évora
1980 - Unikat Galerie, Wuppertal
1981 - Leslie Jones Gallery, Nova Iorque
Peixes, flores e mosaicos, Centro Cultural S.Lourenço, Almansil
Casa de Mateus, Vila Real
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
1982 - Portuguese Trade Center, Nova Iorque
Espaço A, Clube 50, Lisboa
1983 - Recortes em mármore, Centro Cultural S.Lourenço, Almansil
Commonwealth Club, S.Francisco
1984 - Inforligações, Inforgal, Lisboa
1985 - Galerie de L'Hotel de Ville, Genebra
Galerie Rencontre, Bruxelas
Aquarium, Centro Cultural S.Lourenço, Almansil
1986 - O Nu e o Vestido, Museu do Traje, Lisboa
Genitalia invendabile, Galeria Leo, Lisboa
Maison Visinand, Montreux
1987 - Homenagem de João Cutileiro a Isaac Holly, Galeria Holly, Lisboa
Amantes, Centro Cultural S. Lourenço, Almansil
1988 - Desenhos do Alentejo, Museu Aberto, Monsaraz
Évora - Variações sobre um tema antigo, Galeria Leo, Lisboa
Esculturas e desenhos, Galeria do Leal Senado, Macau
Recordações de um navegador solitário ,Centro Cultural S.Lourenço, Almansil
50 Desenhos, Galeria A5, Santo Tirso
1989 - Galeria B'art - Lausanne
"Guerreiros" - Entreposto, Lisboa
1990 - Cavaleiros : homenagem a Paolo Ucello ,Centro Cultural S.Lourenço, Almansil
Galeria Sigrid Purschke, Dortmund
Exposição Antológica, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
1992 - "Libération d'Europe, Centro Albert Borschette, Bruxelas
"Vitórias, ledas e outros mitos alados", Centro Cultural S.Lourenço, Almansil
Galeria Magellan, Paris
Tutsall, Luxemburgo
1993 - Paisagens, Museu de Évora
Galeria Valentim de Carvalho, Lisboa
Fontes e Flores, Galeria Gilde, Guimarães
Maquetes para monumentos públicos, Centro Cultural de Lagos
1994 - A apresentação da Rainha, Espaço Capela, Cascais
Homenagem a Breughel, Centro Cultural S.Lourenço, Almansil

2 - Exposições Colectivas
1953 - VII Salão Geral de Artes Plásticas, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
1954 - VIII Salão Geral de Artes Plásticas, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
1956 - I Salão dos Independentes, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
1957 - I Exposição de Artes Plásticas, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Museu de Lagos
Young Contemporaries, AIA, Londres
1961 - II Exposição de Artes Plásticas, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
1963 - Salão de Arte Moderna, Estoril
1968 - Art Portugais, peinture et sculpturedu nationalisme à nos jours, Paris, Bruxelas e Madrid
1970 - Galeria Ogiva, Óbidos
1972 - Exposição de Arte Portuguesa dos séculos XIX e XX em colecções particulares, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
Salão dos Pémios Soquil, Lisboa
1975 - Pavilhão Português, Feira Internacional do Mármore, Bari
1977 - Cultura Portuguesa em Madrid, pintura e escultura contemporâneas, Madrid
1978 - Portuguese Art Since 1910, Royal Academy of Arts ,Londres
Exposição de Artes Plásticas, Museu de Lagos
1979 - XV Bienal Internacional, S.Paulo
A Escultura e a vida, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
XVIII Congresso Fidem, Lisboa
Arte Moderna Portuguesa, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
1980 - Zeitgenoessische Portugiesische Kunst, Muenchner Standt Museum, Munique
II Congresso da International Association of Sculptors, Washington
1983 - XIX Congresso Fidem, Florença
A História Trágico Marítima, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
O prazer da mesa, Centro Cultural S.Lourenço, Almansil
Tampas de mesa, Galeria Quadrum, Lisboa
1984 - I Exposição Ibérica de Arte Moderna, Campo Maior
1986 - III Exposição de Artes Plásticas, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Le XXme au Portugal, Centre Albert Broschette, Bruxelas
Museu de Évora
Jardins do Palácio de Belém, Lisboa
ARCO 86, Madrid
1987 - Five Portuguese Artists, The Art Society of the International Monetary Fund, Washington
1989 - Diáspora, Galeria Ícaro, Lisboa
A Colecção de Marie e Volker Huber, Galeria de Arte do Convento Espírito Santo, Loulé
"A Pedra na EsculturaPortuguesa Actual", Universidade de Bolonha
Tendências da Arte Portuguesa, Copenhague

Alberto Chissano - Filho de camponeses, Alberto Chissano nasceu em Manjacaze, província de Gaza, no ano de 1935. Ficando orfão de pai nesse mesmo ano, sua mãe confiou-o aos cuidados da avó materna, que o educou desde criança. Para Chissano a sua avó era mais do que uma mãe, era a sua malhor amiga. Chegou a ser pastor de gado e mudou-se, ainda na infância, para a então Lourenço Marques. Aí cresceu e aprendeu a profissão de cozinheiro. Ainda muito jovem, parte à aventura para as minas da África do Sul, tal como fizera o seu pai. Durante os oito anos que permanece fora do país, a sua avó tem uma grande querela com a filha e enforca-se.
Quando Chissano regressa, em 1956, é forçado a incorporar-se nas Forças Armadas, instituição em que permanece por apenas dois anos. Depois de sair das F.A., descobre que a sua mãe lhe gastou todas as poupanças de oito anos passados nas minas e tem de arranjar novamente um emprego. Torna-se servente numa boutique, emprego que dura pouco tempo, e depois passa a dedicar-se à associação artística "Núcleo de Arte". Mais tarde, abandona esta associação por uns tempos, tornando-se faroleiro, mas regressa, agora com um objectivo mais definido: ser escultor.

É assim que em 1965 Chissano inicia a sua actividade artística na área da escultura e só volta a parar na altura da sua morte. Considerado como o primeiro escultor Makonde moderno, Chissano foi responsável, em 1993, pela criação de uma Fundação, de um Museu e de uma Galeria com o seu nome. Aos cinquenta e nove anos de idade, em Fevereiro de 1994, Alberto Chissano decide acabar com a sua própria vida. Caracterizado pela sua filha mais velha, Cidália, como uma pessoa espiritual, o trabalho desenvolvido pelo artista passa por várias e diferentes fases que estão intimamente relacionadas com a história política e social de Moçambique desde 1960. Uma das últimas obras do período que antecedeu a sua morte chama-se "Esperança" e mostra-nos uma figura que olha complacente para o céu. Para a sua filha Cidália, Chissano acreditava na esperança. Foi um homem lutador, mas infelizmente, tanto para ele e para nós, não conseguiu vencer a morte, desde sempre presente na sua própria vida.

A sua obra está representada no Museu Nacional de Arte de Maputo e em inúmeras colecções públicas, ou particulares, que se encontram dispersas em países como Moçambique, Portugal, Itália e Costa do Marfim. Actualmente, Cidália esforça-se por promover a obra de seu pai por todo o mundo e continua a tentar difundir a arte segundo uma perspectiva africana, que era um dos princípios da arte produzida por Chissano.

Exposições Individuais:

1965 - Exposição individual, Maputo.
1972 - Individual em Lisboa.
1981 - Individual de escultura em pedra, Lisboa.
1985 - Individual, em Roma.
1990 - Individual em Maputo.
1991 - Individual na Ilha da Reunião.
1992 - Individual em Maputo. Nesse ano participa, igualmente, numa exposição colectiva em Sevilha (Expo'92).
1993 - Individual na Matola (Museu e Galeria Chissano). Participa ainda em exposições colectivas em Maputo.


Exposições Colectivas:

1964/72 - Participa em exposições colectivas em Moçambique, Soweto, Washington e Baviera.
1975/81 - Participa em exposições colectivas em Moçambique, Nigéria, Angola, Bulgária, Jugoslávia, RDA e URSS.
1982/83 - Participa em exposições colectivas em Moçambique, Portugal e Zimbabwe.
1984 - Exposição conjunta com o pintor Malangatana, em Nova Delhi.
1986/90 - Participa em exposições colectivas em Moçambique.
1987 - Exposição conjunta com o pintor Malangatana, em Ankara.
1995 - Participa numa exposição colectiva em Maputo.
1996 - Participa em exposições colectivas em Lisboa, Rio de Janeiro e Maputo.
1997 - Participa numa exposição colectiva em Lisboa.

Prémios e Distinções:

1966 - 1º Prémio de Escultura da Câmara Municipal de Lourenço Marques.
1967 - 2º Prémio para a Área Africana, concurso da Cruz Vermelha, em Washington.
1981 - 1º e 2º Prémios do Simpósio Internacional de Escultura, em Belgrado.