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Cada autor mostra aqui uma
linguagem própria que os indi-
vidualiza e diferencia, apesar
da simplicidade dos meios que
utilizam. Transmitem a sua
criação e a universalidade da
arte contemporânea,
com a for-
ça e dignidade de quem grita a
anunciar a sua libertação.
A infuência das suas origens
culturais na cerâmica de Rei-
nata, a simbologia e a estili-
zação nos desenhos e pinturas
de Ídasse, a união do homem
com a terra nas esculturas de
Nhate, são fruto de uma reali-
dade que aparenta ser pobre
mas aqui demonstra-nos a
sua riqueza e cor.

Para nós (ocidentais), a arte
contemporânea de moçambi-
que, será sempre um lugar
distante, mas estranhamente,
encontramos nela semelhan-
ças e imagens que nos trans-
portam até às nossas memórias
mais verdadeiras. O objectivo
desta exposição é então con-
frontar essa verdade e tentar
unir o que é distante através
da Arte.
Esperamos que encontrem a
pureza que nós sentimos, a
verdade que nos tocou quando
vimos estes "gri-
tos de cor" pela primeira vez.