




Ídasse
Ekson Malendza Tembe
nasceu a 1 de Julho de 1955
no Infulene (Província de Ma-
puto). Pratica o desenho, a pin-
tura e a cerâmica. Estudou na
Escola Secundária Manuel Sena,
onde teve como professores
João Paulo e António Bronze.
Em 1979 faz o Curso de Anima-
dor Cultural no ex-Centro de Es-
tudos Culturais, com Malagan-
tana e Domingos Manhiça.
Frequenta a Galeria de Inácio
Matsinhe com quem aprende os rudimentos da arte. Sob a orien-
tação de António Quadros com-
pleta o curso de Comunicação
Gráfica. Trabalhou no Instituto
Nacional de Cinema, criando aí
o departamento de Arte. Realizou desenhos para capa de livros,
para revistas e jornais literários.
Integrou o movimento artístico
Charrua. Em 1982 passa a dedi-
car-se exclusivamente às Artes Plásticas.
Foi membro do Jurí da 1ª Expo-
sição do centro ultural Português,
organizada pelo Instituto Camões.
Actualmente pertence aos corpos directivos da Associação dos
Es-
critores Moçambicanos e da Ass-
ociação Cultural “Tchova Xita Du-
ma”. É membro do Núcleo de Arte
(Maputo) e membro fundador do
“Movimento de Artistas Contra a
Pobreza”. Pertence ainda à Comis-
são Organizadora da Bienal TDM
’99. Está representado no Museu
Nacional de Arte de Moçambique
e em colecções públicas e parti-
culares nacionais e estrangeiras.


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Obra:
Assombramentos
Técnica: Acrílico s/ tela
Dim: 65cm x 78cm
Ano: 2000







Reinata
Sadimba nasceu em
1945, na aldeia de Nemu
(Planalto de Mueda e Provín-
cia de Cabo Delgado). Filha de
camponeses, recebeu a edu-
cação tradicional da etnia ma-
conde, que incluía o fabrico de
objectos utilitários em barro
(pratos, cântaros, etc.) Em
1972, durante a luta armada,
ingressa na FRELIMO. Em
1975 divorcia-se. No mesmo
ano inicia uma transformação
profunda na sua cerâmica, co-
meçando a ser conhecida em
Cabo Delgado pelas suas “for-
mas estranhas”. Em 1978 pas-
sa à reserva da FRELIMO. De-
vido à guerra, emigra para a
Tanzânia, em 1980, onde per-
manece até 1992, voltando
então a Maputo. Em 1998
realizou aí uma semana de
ensino sobre cerâmica tradi-
cional. A sua obra está repre-
sentada no Museu Nacional de
Arte de Moçambique e no Mu-
seu Nacional de Etnografia
(Lisboa), para além de inúme-
ras colecções privadas na-
cionais e estrangeiras.
Cada autor mostra aqui uma
linguagem própria que os indi-
vidualiza e diferencia, apesar
da simplicidade dos meios que
utilizam. Transmitem a sua
criação e a universalidade da
arte contemporânea,
com a for-
ça e dignidade de quem grita a
anunciar a sua libertação.
A infuência das suas origens
culturais na cerâmica de Rei-
nata, a simbologia e a estili-
zação nos desenhos e pinturas
de Ídasse, a união do homem
com a terra nas esculturas de
Nhate, são fruto de uma reali-
dade que aparenta ser pobre
mas aqui demonstra-nos a
sua riqueza e cor.
Para nós (ocidentais), a arte
contemporânea de moçambi-
que, será sempre um lugar
distante, mas estranhamente,
encontramos nela semelhan-
ças e imagens que nos trans-
portam até às nossas memórias
mais verdadeiras. O objectivo
desta exposição é então con-
frontar essa verdade e tentar
unir o que é distante através
da Arte.
Esperamos que encontrem a
pureza que nós sentimos, a
verdade que nos tocou quando
vimos estes "gri-
tos de cor" pela primeira vez.
Nhate
nasceu em Manjacaze no
dia 6 de Maio de 1974 e ficou
órfão muito cedo. De 1984 a
1989 frequenta a Escola Primária
do Bairro da Liberdade até à 5ª
classe. Entre 1990 e 1992 fre-
quentou a Escola Secundária Es-
trela Vermelha, tendo feito a 7ª
classe e concluíu posteriormente
a 8ª classe no Centro de OMM
(Machava).. Iniciou-se na Escul-
tura em 1994, sob orientação do
seu amigo Adelino MATHE, tendo
desde então participado em várias
exposições colectivas. Está repre-
sentado em várias colecções na-
cionais e estrangeiras.